Diferenças entre edições de "Caldeiras de Condensação"

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A equação 1 apenas descreve a transferência de calor entre a corrente de gases de combustão e a segunda já trata da transferência de calor com a corrente de água das tubagens da caldeira. Em (1) C<sub>g</sub> é o calor específico dos gases de combustão e C<sub>w</sub> da água em [kJ/Kg °C], w<sub>g</sub> o caudal mássico dos gases de combustão e w<sub>w</sub> o da corrente de água em [kg/s], ρ<sub>g</sub> a densidade dos gases de combustão e ρ<sub>w</sub> da água em [kg/m<sup>3</sup>], sendo que as temperaturas ( T<sub>g</sub> e T<sub>s</sub> ) se encontram em [°C]. As constantes h<sub>s</sub> e h<sub>t</sub> representam os coeficientes de transferência de calor em [KW/m<sup>2</sup>°C], D<sub>s</sub> e D<sub>t</sub> são os perímetros da superfície onde ocorre transferência de calor em [m], A<sub>s</sub> e A<sub>t</sub> são as áreas de superfície onde ocorre transferência de calor em [m<sup>2</sup>].

Revisão das 14h26min de 21 de abril de 2019

Caldeira de condensação

As Caldeiras de condensação, são caldeiras que produzem água quente, mas ao contrário das comuns caldeiras que libertam os gases de combustão livremente para a atmosfera, estas ditas caldeiras de condensação permitem a utilização da energia contida nestes gases, o que se traduz num maior rendimento energético do equipamento, visto que aproveitam quase integralmente o poder calorífico do combustível utilizado.

História e desenvolvimento notório:

As primeiras caldeiras de condensação modernas foram desenvolvidas por Richard Vetter em 1982 (para gás) e 1984 (para óleo) sendo que desde da década de 90 a tecnologia de caldeiras de condensação é considerada a tecnologia de preferência ganhando terreno no mercado a meio da década 90. Richard Vetter é um dos maiores inventores da Alemanha sendo actualmente detentor de mais de 100 patentes alemãs e internacionais das quais 22 estão implementadas na caldeira de condensação total VERITHERM [1].

O trabalho de Richard Vetter na tecnologia de caldeiras de condensação é notório, devido ao facto de ter sido o primeiro a desenvolver a tecnologia de modo a aproveitar quase na integridade o poder calorífico dos combustíveis (gás e óleo). Isto foi possível através do aproveitamento do calor latente de condensação dos gases de escape resultantes da combustão nas chamadas caldeiras de condensação total.

Funcionamento da caldeira de condensação:

Figura 1: Caldeira de condensação dependente da carga e temperatura do retorno,retirado de [2]

Primeiramente o combustível (gás ou óleo) é injetado no queimador da caldeira de modo a aquecer a água circulante na rede de tubos do permutador primário (Figura 1), após a queima do combustível os gases de escape gerados passam pelo permutador secundário aproveitando-se o calor latente de condensação do vapor de água contido nos gases de escape, isto traduz-se num aumento da eficiência na ordem dos 10-12%, quando comparada com uma caldeira convencional[2].
A evolução do comportamento dinâmico da transferência de calor entre os gases de combustão (que se encontram à temperatura da chama logo após saírem do queimador) e a água circulante no sistema da tubagens, como representado na figura 2, pode ser descrito pelas seguintes equações[2]:

1


2


A equação 1 apenas descreve a transferência de calor entre a corrente de gases de combustão e a segunda já trata da transferência de calor com a corrente de água das tubagens da caldeira. Em (1) Cg é o calor específico dos gases de combustão e Cw da água em [kJ/Kg °C], wg o caudal mássico dos gases de combustão e ww o da corrente de água em [kg/s], ρg a densidade dos gases de combustão e ρw da água em [kg/m3], sendo que as temperaturas ( Tg e Ts ) se encontram em [°C]. As constantes hs e ht representam os coeficientes de transferência de calor em [KW/m2°C], Ds e Dt são os perímetros da superfície onde ocorre transferência de calor em [m], As e At são as áreas de superfície onde ocorre transferência de calor em [m2].