Óleos térmicos
Em unidades fabris, os óleos térmicos são utilizados em processos de transferência de calor, onde a utilização de água se torna inviável ou impraticável. Os óleos podem ser aplicados tanto para retirar calor (refrigeração) ou fornecer calor (aquecimento) de unidades.
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São normalmente produzidos da parafina. São altamente refinados e altamente estáveis, de forma a garantirem um bom coeficiente de transferência de calor.[2]
Em reações químicas existe libertação ou consumo de energia. Essa energia é, normalmente libertada ou consumida sob a forma de calor. Por essa razão é necessário fornecer ou retirar energia do sistema de forma a manter o equilíbrio termodinâmico e não alterar o rendimento do sistema. [3][4]
Em unidades fabris, a transferência de calor apresenta-se como um dos níveis essenciais. Os óleos são aplicados em casos onde a transferência de calor se dá de forma indireta (permutadores double-pipe, carcaça e tubos, etc.) diminuindo o risco de ‘hotspots’, o que leva a um aumento da segurança do processo.[2][4]
A aplicação de óleos em sistemas de transferência de calor torna-se favorável devido à estabilidade química destes e, também, devido às condições de operação.
Um dos fatores mais importantes é baixa volatilidade. Em operações à pressão atmosférica, um óleo é capaz de operar numa gama de temperaturas muito superior à da água, sem ocorrer mudança de fase. À pressão atmosférica a temperatura de ebulição da água é nos 100ºC enquanto um óleo pode chegar facilmente aos 250ºC.[3]
No entanto, quando se aplica pressão sobre os fluidos, o seu ponto de ebulição aumenta e, consequentemente, a gama de temperaturas de operação possível nestes sistemas. É possível aumentar a gama de temperaturas da água até aos 254ºC quando a pressão aplicada é de 41 barg, denominando-se ‘high pressure steam’. Os óleos têm uma resposta semelhante, no entanto a gama de temperaturas aumenta consideravelmente devido à baixa volatilidade alcançando temperaturas de 430ºC a 25 bar.
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A viscosidade destes fluidos é variável dependendo do sistema de transferência de calor. No entanto são facilmente bombeáveis, requerendo baixa energia fornecida para movimentação.
A utilização de vapor de água apresenta o problema de formação de óxidos que significa problemas de corrosão em tubagens e equipamentos. Os óleos sintéticos, por sua vez, não formam óxidos, não impondo problemas de corrosão e mantendo o tempo de vida dos equipamentos intacto. Contudo, deve-se preocupar ao nível de contaminações, o que torna possível a formação de óxidos e a consequente corrosão do material.
Atendendo aos níveis de flamabilidade, os limites mínimo e máximo dependem do óleo sintético em questão, tal como o ponto de autoignição e explosão. Por exemplo, o óleo térmico DOWTHERM A tem um limite mínimo de 0,6% a 175ºC, limite máximo de 6,8% a 190ºC e um ponto de autoignição nos 599ºC.[5]
- ↑ https://www.researchgate.net/figure/233997584_fig1_Fig-1-Diagram-of-a-typical-shell-and-tube-heat-exchanger-12
- ↑ 2,0 2,1 http://www.cenex.com/~/media/cenex/files/lubricants/heat%20transfer%20oil/heat%20transfer%20oil_pds-g19-02.ashx
- ↑ 3,0 3,1 3,2 http://www.abco.dk/hotoil.htm
- ↑ 4,0 4,1 http://www.thermodyneboilers.com/thermic-fluid-heaters/
- ↑ http://www.dow.com/heattrans/products/synthetic/dowtherm.htm