Cilindro Yankee
O que é?
É um permutador de calor cilíndrico, com circulação de vapor, cujo objetivo é obter papel tissue com nível reduzido de humidade. A folha, após passagem pelo permutador, aumenta a sua secura de 45 até cerca de 90%[3]. Este equipamento é de grandes dimensões e opera a velocidade, temperatura e pressão elevadas, pelo que as medidas de segurança devem ser rigorosamente cumpridas. A energia associada à transferência de calor que ocorre na superfície do cilindro, de modo a promover a secagem, é a entalpia de mudança de fase devido à condensação de vapor no interior do Yankee.
O que o torna tão especial?
O Yankee tem características únicas que o torna especial para a secagem específica do papel tissue. Este papel quando comparado com os outros tipos, na fase de secagem, apresenta menor densidade e maior teor de humidade. Devido a ser um papel mais frágil, é também mais propício a problemas de “runnabilidade”. Consequentemente, de modo a evitar a transição entre cilindros de secagem que pode provocar más formações na folha, usa-se apenas um cilindro. Devido a ser singular, a área de transferência do Yankee terá necessariamente de ser maior, daí o tamanho ser superior aos cilindros tradicionais. Acoplado existe um sistema de circulação de ar quente forçado, que contribui para uma remoção de água mais eficiente. Na parte final do processo utiliza-se uma lâmina vibratória (Figura 2) com o objetivo de remover o papel da superfície do cilindro.
Como funciona?
Podemos dividir o processo de funcionamento em 3 fases: preparação do papel, secagem e por fim obtenção do papel tissue.
Numa primeira fase a folha de papel chega ao Yankee e é submetida pressão elevada exercida através de uma prensa e o próprio Yankee de forma a promover um bom contacto da folha com a superfície. Este passo é importante porque um bom contacto significa boa transferência de calor, logo maior remoção de água. Existe um pulverizador no fundo do cilindro que espalha produtos químicos para a sua superfície ajudando não só a aumentar o contacto mas também servindo de camada protetora ao equipamento.
No interior do cilindro, como já foi referido, circula vapor que condensa (Figura 3), sendo a entalpia associada à mudança de fase utilizada para a secagem do papel. O vapor é introduzido no centro do cilindro (r=0), a alta pressão e tende a direcionar-se para a superfície interna do mesmo. Visto que nas extremidades (r=R) as paredes estão mais frias e o vapor com pressão inferior, este condensa e é acumulado em sulcos (Figura 4), na parede interior do cilindro. O condensado é removido através do seguinte sistema de tubagem: tubos finos no interior dos sulcos, que por se encontrarem a pressão inferior ao interior do cilindro direcionam o condensado e algum vapor ao tubo coletor localizado no centro do cilindro (r=0), conectado com o exterior.
Após a evaporação, o papel “seco”, devido à pressão, à transferência de calor e aos químicos aplicados no Yankee, encontra-se agarrado ao cilindro. É neste momento que surge a terceira fase. Esta consiste em utilizarmos uma lâmina junto ao cilindro que retira o papel e uma pequena parte da camada de químicos. A lâmina é cuidadosamente projetada para que em nenhuma altura contacte com o cilindro, aumentando assim a durabilidade de ambos. Esta funciona com um mecanismo de vibração que confere a textura do papel tissue, criando microdobras (figura 2) que conferem uma textura mais ou menos suave.
- ↑ https://www.convergencetraining.com/tissue-manufacturing-training.aspx
- ↑ http://www.nationalboard.org/Index.aspx?pageID=164&ID=245
- ↑ 3,0 3,1 http://www.nationalboard.org/Index.aspx?pageID=164&ID=245
- ↑ https://www.convergencetraining.com/tissue-manufacturing-training.aspx
- ↑ https://www.convergencetraining.com/tissue-manufacturing-training.aspx